John Textor tenta comprar clube na Inglaterra em meio à crise financeira do Botafogo

Crise financeira no Botafogo: John Textor tenta comprar clube inglês, Wolves, com proposta bilionária, enquanto busca soluções para o clube carioca.
John Textor, dono da SAF do Botafogo, em evento. John Textor, dono da SAF do Botafogo, em evento.

Em meio a uma crise financeira que afeta o Botafogo, com impasses no pagamento de premiações ao elenco, o dono da SAF alvinegra, John Textor, apresentou uma proposta de US$ 200 milhões (R$ 1,07 bilhão) para adquirir o Wolverhampton, clube da Inglaterra. A notícia gerou surpresa entre os torcedores.

Crise financeira e busca por investimento

O Botafogo necessita de um investimento de R$ 350 milhões para o primeiro semestre de 2026. A apuração indica que John Textor conta com um investidor sigiloso para financiar a compra do clube inglês. Esse investidor teria interesse exclusivo em times da Inglaterra, sem envolvimento direto com o Botafogo. Textor acredita que a aquisição de um clube europeu pode facilitar a atração de jogadores, seguindo modelos anteriores com Almada e Luiz Henrique.

Evangelos Marinakis, que possui uma forte ligação com Textor, não pode ser o investidor na negociação do Wolverhampton, pois já é proprietário do Nottingham Forest, o que é vedado pelas regras da Premier League.

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John Textor, dono da SAF do Botafogo — Foto: Alex Pantling – FIFA

Negociação e desafios

Houve uma recusa inicial à proposta de Textor pelos Wolves, mesmo com a oferta de pagamento antecipado. Contudo, as negociações seguem em andamento. Caso a aquisição do Wolverhampton não se concretize, a expectativa é de que Textor direcione seus esforços para um clube da segunda divisão inglesa.

Situação do Botafogo

Enquanto isso, o Botafogo busca otimizar suas receitas com dois novos patrocinadores para encerrar o ano. Em disputas judiciais, Textor alega impedimentos da Ares, fundo de investimentos que o auxiliou na aquisição do Lyon, para injetar capital no clube brasileiro. Ele ainda possui uma dívida pendente com a Ares.

Medidas para a entrada de um empréstimo de 100 milhões de euros no Botafogo, com possível transferência de ações para uma nova SAF nas Ilhas Cayman, foram aprovadas por Textor em julho. No entanto, a Ares bloqueou essa manobra há duas semanas, interrompendo o fluxo de capital do empresário para o clube. O americano argumenta que o Lyon tem débitos com o clube carioca e critica a Ares por não permitir a criação de uma nova estrutura societária.

Time do Botafogo contra o PSG na Copa do Mundo de Clubes — Foto: Alexandre Neto/Sports Press Photo/Getty Images

Cortes de gastos e projeções futuras

A ordem no Botafogo para o curto prazo é uma redução de 30% na folha salarial, em virtude de uma considerável perda operacional prevista para 2025. A ausência de títulos na temporada atual impactou as receitas de televisão e programas de sócios. Além disso, a classificação para a Libertadores de 2026 ainda não está garantida, e o clube não contará com a premiação da Copa do Mundo de Clubes em 2026, que rendeu R$ 146,3 milhões aos cofres.

A previsão de corte salarial baseia-se na constatação de que as despesas superam as receitas. Textor vê a necessidade de investimento no grupo Eagle para manter as operações fluidas e beneficiar o sistema como um todo.

Fonte: Globo Esporte

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