Bournemouth goleia Forest e Sean Dyche segue sob pressão na Premier League

O Bournemouth mostrou sua força e aplicou uma sonora goleada de 5 a 0 sobre o Nottingham Forest, comandado por Sean Dyche, em partida válida pela Premier League. O resultado coloca a equipe de Andoni Iraola na segunda posição da tabela e reafirma o técnico espanhol como um dos nomes mais promissores do Futebol Inglês.

Bournemouth avassalador com gols de Tavernier e Kroupi

A partida começou com o Bournemouth ditando o ritmo, e a eficiência em Bolas Paradas, um ponto fraco recorrente do Nottingham Forest, logo se fez presente. Marcus Tavernier abriu o placar com um gol olímpico, demonstrando a qualidade da equipe em jogadas de bola parada. Pouco depois, o jovem Eli Junior Kroupi, vindo do Lorient, clube parceiro do Bournemouth, ampliou a vantagem com um chute potente, mostrando que seu desempenho na rodada anterior, com dois gols contra o Crystal Palace, não foi um acaso.

Sean Dyche sob os holofotes em jogo marcado por pressão

Para Sean Dyche, o reencontro com o campo onde sofreu sua última demissão pelo Everton, em janeiro, não foi positivo. Apesar de já ter conquistado uma vitória na Europa League, assim como seu antecessor no Forest, Steve Cooper, Dyche sabe que a paciência do presidente Evangelos Marinakis pode ser curta. A volta de figuras históricas do clube como Ian Woan e Steve Stone ao seu lado no banco de reservas pode não ser suficiente para protegê-lo de um possível desligamento caso os resultados não melhorem. O técnico, conhecido por seu trabalho em manter equipes na elite, tem a missão de livrar o Forest da zona de rebaixamento, mas o clube almeja voos mais altos.

Advertisement

Análise Tática: A superioridade do Bournemouth e as dificuldades do Forest

O Bournemouth, sob o comando de Iraola, demonstrou não apenas qualidade em jogadas construídas, mas também atenção especial às bolas paradas. A escalação de Veljko Milosavljevic, por exemplo, mostra o entendimento da importância desses lances. A equipe conseguiu neutralizar a ameaça ofensiva do Nottingham Forest, que sentiu a ausência de Chris Wood. Igor Jesus, em seu lugar, ainda não conseguiu replicar a forma da Europa League na Premier League. No meio-campo, Morgan Gibbs-White e Elliot Anderson, jogadores habituais na seleção inglesa, tiveram o espaço limitado pelos defensores do Bournemouth.

A estratégia inicial do Bournemouth foi sufocar o adversário com um volume ofensivo intenso, forçando os defensores do Nottingham Forest a múltiplas intervenções. Dyche, com sua característica voz forte, tentava organizar a equipe. As frustrações do Forest se manifestaram em lances de tensão, como uma disputa entre Douglas Luiz e Justin Kluivert que resultou em cartões para ambos. A equipe de Dyche, visivelmente, lutava para impor seu ritmo.

Mudanças e resistência tardia do Forest

No intervalo, Sean Dyche promoveu três alterações, com Taiwo Awoniyi, Omari Hutchinson e Ryan Yates entrando em campo. Essas mudanças trouxeram mais solidez defensiva ao Nottingham Forest, que conseguiu conter as investidas do Bournemouth com mais eficácia. Yates, em particular, mostrou-se muito ativo em campo. No entanto, a criatividade ofensiva, uma carência que remonta aos tempos de Nuno Espírito Santo, persistiu. Apesar de um lance perigoso criado por Gibbs-White e Hutchinson, que exigiu uma boa defesa de Dorde Petrovic, o Forest não conseguiu reverter o placar.

Uma oportunidade clara surgiu para David Brooks, que marcou o gol que custou o emprego de Dyche no Everton. O chute do galês passou perto, evidenciando a dificuldade da defesa do Forest em fechar os espaços. Brooks e o também substituto Ryan Christie tiveram chances de selar a vitória de forma ainda mais contundente. Enquanto o Bournemouth consolida sua posição e encanta com seu futebol, o Nottingham Forest e seus torcedores encaram um futuro incerto, com um técnico cujos métodos parecem mais focados na resistência do que na empolgação.

O Bournemouth provou mais uma vez porque é uma das equipes mais promissoras da liga, enquanto o Nottingham Forest precisa urgentemente encontrar uma identidade e resultados para sair da zona de perigo.

Fonte: The Guardian