Uma comissão de Investigação do Vasco entregou um relatório preliminar apontando irregularidades na constituição e venda da SAF do clube. O documento, concluído em 6 de outubro após quatro meses de trabalho, indiciou 21 pessoas e pode resultar na exclusão delas do quadro social.
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Relatório Aponta Pagamento Suspeito e Dívida Oculta
O relatório detalha Acusações graves, incluindo um pagamento de R$ 775.833,34 a uma empresa de Blumenau sem comprovação de prestação de serviços. A comissão identificou que essa empresa foi criada 34 dias antes da assinatura do contrato e encerrou suas atividades sete meses depois, levantando suspeitas sobre a legitimidade da transação.
Além disso, o documento cita o depoimento de um ex-funcionário que alega que o balanço patrimonial apresentado antes da venda da SAF foi forjado. Dívidas superiores a R$ 200 milhões teriam sido ocultadas, caracterizando uma tentativa de dissimular a real situação financeira do clube associativo. 
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Suspeitas sobre a 777 Partners e “Núcleo Central Decisório”
A comissão concluiu que um “Núcleo Central Decisório” atuou em todas as fases da negociação da SAF, agindo em detrimento do Vasco da Gama. Fizeram parte deste núcleo figuras como Jorge Salgado (presidente), Carlos Roberto Osório (1º vice-presidente Geral), Roberto Duque Estrada (2º vice-presidente Geral), Carlos Fonseca (presidente do Conselho Deliberativo), Adriano Mendes (vice-presidente de Finanças), Zeca Bulhões (vice-presidente Jurídico) e Luiz Mello (CEO do Vasco e, posteriormente, da SAF).
O relatório também questiona a vinculação da SAF à empresa 777 Carioca LLC, em vez da 777 Partners, como havia sido informado durante o processo. Um organograma anexo aponta a existência de dois sócios ocultos vinculados à 777, o que violaria o estatuto do clube.
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Envolvimento de Luiz Mello e Pagamento de Dívida
O papel de Luiz Mello como CEO da SAF, logo após representar os interesses do Vasco na negociação, é destacado no relatório. O documento aponta um conflito de interesses, pois Mello atuava como vendedor e, posteriormente, como executivo dos compradores. Ele foi posteriormente afastado do cargo.
O relatório também menciona que R$ 4 milhões de um empréstimo-ponte da 777 foram utilizados para pagar uma suposta dívida do clube associativo com o então presidente Jorge Salgado. A comissão classificou a negociação da SAF como realizada com “total negligência, falta de zelo e com clara dose de parcialidade”.
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Respostas dos Acusados
Alguns dos indiciados se manifestaram. Jorge Salgado está viajando e avaliará o caso ao retornar. Carlos Roberto Osório se disse surpreso e está avaliando o conteúdo. Roberto Duque Estrada negou as acusações, classificando-as como “absolutamente infundadas” e “eminentemente políticas”, além de defender o trabalho técnico de sua comissão e negar responsabilidade direta pelo balanço.
Carlos Fonseca preferiu não se manifestar. Adriano Mendes, Zeca Bulhões e Luiz Mello não responderam até a publicação da matéria.
Fonte: Globo Esporte
