O Técnico Dan Quinn admitiu surpresa com a atual situação do Washington Commanders, que acumula um Retrospecto de 3 vitórias e 4 derrotas na temporada. Após uma derrota expressiva por 44 a 22 para os Dallas Cowboys, a equipe enfrenta uma série de desafios que comprometem seu desempenho e as esperanças de repetir a campanha do ano anterior, quando chegaram à final da NFC.


Defesa em Colapso e Grandes Jogadas
Um dos principais pontos de preocupação para os Commanders tem sido a performance defensiva. A unidade tem cedido um número elevado de jogadas longas, demonstrando fragilidade. O safety Quan Martin, por exemplo, tem permitido uma média de 24.9 jardas por alvo como defensor principal, uma estatística preocupante. A equipe permitiu cinco passes de 50+ jardas na temporada, a maior marca da liga, além de 14 passes de 25+ jardas, empatando em quarto lugar. O Técnico Quinn expressou frustração e a necessidade de revisar todos os aspectos da Defesa.
A situação é agravada pelo desempenho dos cornerbacks. Marshon Lattimore tem sido alvo de críticas por permitir 15 recepções para primeiro down, além de um alto número de jardas por recepção e seis penalidades defensivas. Mike Sainristil, apesar de duas interceptações, também cedeu dois touchdowns e 13 primeiras descidas. A fragilidade na posição de cornerback, somada a dificuldades na secundária, dificulta a contenção dos adversários.
A defesa contra a corrida, que teve um início promissor, também vem oscilando. Após permitir 3.6 jardas por carregada nas primeiras quatro semanas, a média subiu para 5.3 jardas nas três semanas seguintes. No último jogo contra os Cowboys, os Commanders permitiram 152 jardas em 31 corridas. A equipe tem apresentado dificuldades consistentes no tackling, resultando em uma média de 3.1 jardas por carregada após o contato, uma das piores taxas da NFL. Investimentos em agentes livres para reforçar a linha defensiva não têm surtido o efeito esperado, em parte devido a lesões que minaram a profundidade do elenco.

Impacto das Lesões e Desempenho de Jayden Daniels
A ausência de jogadores chave tem impactado diretamente o desempenho do quarterback Jayden Daniels. O time já lidava com as faltas de seus principais recebedores – Terry McLaurin, Deebo Samuel e Noah Brown – e agora também perdeu Daniels para uma lesão no tendão da coxa. Embora Quinn insista que as lesões não são a única causa dos problemas, a falta de opções no ataque aéreo é notória.
Apesar de alguns números similares aos do ano anterior, como percentual de passes completados e jardas por tentativa, Daniels tem sido vítima da alta taxa de passes desviados (8.2%) e de uma queda no percentual de passes completados para 10-20 jardas (de 61% para 48%). A ausência de seus recebedores principais, especialmente McLaurin nas últimas quatro partidas, tem prejudicado o jogo aéreo em profundidade e intermediário. Os adversários, cientes da falta de armas perigosas nas pontas, têm jogado de forma mais agressiva.
Regressão e Jogos Decisivos
Mais do que problemas pontuais, os Commanders parecem sofrer de uma regressão geral. A taxa de conversão em terceiras descidas caiu drasticamente, de sexto para 25º na liga. Em quartos down, a eficiência despencou de 87% para 56%. A equipe também mostra dificuldade em vitórias em jogos de uma posse de bola, com retrospecto de 0-2 na temporada atual, contrastando com 8-4 no ano anterior.
A sorte em relação a lesões, que favoreceu os Commanders na temporada passada (quinta melhor média de jogos perdidos por lesão), parece ter mudado. Somado a um calendário que se torna mais desafiador, com confrontos contra Chiefs, Seahawks e Lions nas próximas semanas, a equipe se encontra em uma situação delicada. Para Quinn, a superação passa por um esforço coletivo para corrigir erros como turnovers, penalidades e placares perdidos, buscando resgatar o padrão de jogo estabelecido.
Fonte: CBS Sports