Hansi Flick, técnico do Barcelona, concedeu entrevista coletiva após a vitória da equipe contra o Girona na nona rodada de la liga. O treinador alemão, que foi expulso durante a partida disputada em Montjuïc, abordou diversos temas, incluindo a comemoração polêmica e as escolhas táticas.
Importância dos Três Pontos
Flick destacou a relevância dos três pontos conquistados para a confiança do time. “São três pontos muito importantes para a confiança no futuro e nos próximos encontros. Estou muito feliz por fazer parte deste time”, declarou o Técnico.
Gestão de Minutos e Mudanças
Ao falar sobre as substituições realizadas, o comandante alemão ressaltou a necessidade de gerenciar os minutos em campo de jogadores como Pedri, visando a manutenção da frescura para as próximas partidas. “Precisamos deles frescos para os próximos jogos. É importante gerenciar os minutos, por exemplo, de Pedri. O importante é ganhar e nós o fizemos”, explicou Flick.
Araujo na Ponta do Ataque
Uma das surpresas táticas foi a Escalação de Ronald Araujo em uma posição mais avançada. Flick mostrou satisfação com a decisão e com o desempenho do zagueiro uruguaio. “Estou muito feliz por Ronald. Ele está muito envolvido. Perguntei a ele e ele me disse que podia jogar nessa posição. Nós o testamos e estou muito feliz pelo jogador, pelo clube, pelos torcedores”, comentou.
Explicação sobre o Corte de Mangas
A expulsão de Flick gerou polêmica pelas suas reações, que incluíram três cortes de mangas durante a comemoração do Gol de Ronald Araujo. O técnico minimizou o gesto, afirmando que não era direcionado a ninguém. “O futebol são emoções, é a tensão. Não eram para ninguém, era apenas uma celebração”, disse. Flick reiterou que sua reação não era contra o árbitro, mas sim um reflexo da alegria pela vitória. “Minha reação não era ao árbitro. E não sei por que ele me mostra o segundo cartão. A celebração não era contra ninguém, era por como tínhamos ganhado. Estava contente. Não faço nem farei nada contra ninguém. Aceito a decisão do árbitro. Não era contra ele. Aplaudi para que o time reagisse”, completou.
Sensações e Desempenho em Campo
Apesar da Vitória, Flick admitiu que a equipe não apresentou seu melhor futebol. “Às vezes as coisas são assim. Não jogamos nosso melhor futebol. Mas marcamos e isso nos dá confiança”, ponderou.
Clássico e Arbitragem
Questionado sobre o próximo confronto contra o Real Madrid, o técnico preferiu focar no presente. “Não penso nisso. Quero estar disponível para a equipe.” Sobre a atuação do árbitro Gil Manzano, Flick afirmou ter tentado conversar, mas sem sucesso. “Tentei falar com o árbitro e não pude. Ele seguiu seu caminho e eu não pude. Aceito as decisões do árbitro, ele toma as decisões. O que eu fiz não tinha a ver com ele. Se ele não quer falar comigo, não me entristece, eu aceito.”
Liderança e Nível de Jogo
O treinador comentou a situação na tabela, onde o Barcelona lidera, mas reconheceu a necessidade de melhoria. “O Barça vê as coisas como as vê, temos que continuar jogando. Somos líderes e o Real Madrid deve ganhar. Veremos o que acontece amanhã. Não estamos jogando em um bom nível. Espero que o gol, para todos, nos ajude. Precisávamos disso.”
Desempenho de Lamine Yamal e Fermín López
Flick elogiou Lamine Yamal, que jogou cerca de 60 minutos, e também a volta de Fermín López. “Acho que ele está bem, mas veremos amanhã. Ele não me disse nada após o jogo, e isso é bom. Ele estava programado para jogar apenas 60 minutos. Não tínhamos outra opção. Pedri também joga muitos minutos e por isso as mudanças de ambos. São jogadores top. Toni também jogou os primeiros 45 minutos. É bom que Fermín também tenha voltado. Ele não começou de início. Foi a estratégia adequada”, analisou.
Recurso contra Expulsão
Sobre a possibilidade de recorrer da expulsão, Flick foi enfático. “Não acho que recorreremos. O árbitro decidiu e eu não estava me dirigindo ao árbitro, apenas incentivando Frenkie. Não era contra o árbitro, mas é a decisão dele e tenho que aceitá-la.”
Ronald Araujo e Estratégia
Reiterando sobre Araujo, Flick revelou que o jogador concordou em atuar na posição de ponta. “Antes da mudança, perguntei se ele podia jogar ali e ele disse que sim. Ele joga com o coração, dá tudo pelo time. Não sabia que Cruyff tinha feito isso com Alexanco, eu não tinha feito isso antes. Ronald treina muito bem e vai bem de cara para o gol. Era a sensação de que podia mudar o rumo da partida.” Ele também mencionou a decisão de mudar Fermín no intervalo como parte da estratégia. “Precisamos tomar decisões como treinador e hoje queríamos mudar coisas. Fermín estava pronto também… “.
Fonte: Marca