O Vasco da Gama recebeu autorização judicial para contratar um empréstimo de R$ 80 milhões com a Crefisa, utilizando a modalidade DIP Financing (Debtor-in-Possession). Esta operação, prevista na Lei de Recuperação Judicial, foi considerada crucial pela Justiça para a continuidade das atividades da Vasco SAF.

Estabilização Financeira da Vasco SAF
Relatórios mensais apresentados à Justiça evidenciam um déficit estrutural nas contas do clube. A entrada deste capital é vista como necessária para garantir o pagamento de salários, a manutenção das operações do Futebol, a aquisição de direitos econômicos, o recolhimento de tributos e outras despesas administrativas.
Estima-se que o Vasco necessite de aproximadamente R$ 170 milhões até o final de 2025 para operar normalmente. O empréstimo com a Crefisa representa uma alternativa emergencial dentro deste planejamento financeiro.

Garantia das Ações da SAF
Inicialmente, o clube propôs oferecer 20 mil ações ordinárias de classe A da Vasco SAF (20% do capital social) como garantia fiduciária. Contudo, após considerações do Ministério Público e da Administração Judicial Conjunta (AJC), a garantia foi ajustada para 10 mil ações, representando 10% do capital social, sem alterar o valor do empréstimo.
A princípio, órgãos como o Ministério Público e a AJC expressaram objeções à operação devido à falta de informações detalhadas. No entanto, após a apresentação do contrato completo e o fornecimento de esclarecimentos adicionais pelo Vasco, ambos os órgãos manifestaram parecer favorável à aprovação judicial.
O clube também apresentou um estudo comparativo com outras propostas de financiamento, demonstrando que a oferta da Crefisa se destacava pelas melhores condições em taxas, prazos e garantias, além de não impactar o fluxo de caixa imediato.
Na decisão, o juiz estabeleceu os seguintes pontos:
A aprovação deste empréstimo é um passo significativo para a reestruturação financeira do Vasco da Gama, visando o equilíbrio de suas finanças e a manutenção das atividades esportivas durante o processo de recuperação judicial.
O Plano de Recuperação Judicial do clube já foi aprovado pelos credores em assembleia e aguarda homologação judicial.
Fonte: LANCE!